sexta-feira, agosto 04, 2006

A Frialdade de um Dia

Na rouquidão de minha Ira desvairada nego o tudo e também o nada.
Na minha frente a realidade, pesada, se despedaça.. é a corrupção dos corpos, das
almas, e nada parece caminhar em direção a freios ou comedidas moderações..
Só a aceleração é real.. real e anulante
Lá fora as flores desabrocham, aqui não chove há semanas..
Lá fora se discute as lutas e as classes num autoritarismo alienante
Aqui o ceticismo impera, busca-se o processo?
E a cegueira.. imaturidade?
Perdão.. perdão por minha heresia..
É que nada se faz palpável, e eu nem ao menos gostaria
E meu mundo gira em silêncio colorido,
o temor de tornar-se preto e branco intimida
Até a intimidação pode ser descartável..
Tortuosa inexistência..

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