quarta-feira, julho 19, 2006

Então me ensina a fugir do Azul..

Adolph Gottlieb

Tão inerente,
Me perdi..

Dom Quixote

Meu amor sem cor
Velho postal
amor banal
Sem nenhum valor
Nessa noite
Meu pobre amor de papel
Esqueça a cor
Do anúncio lá do céu
Na arcada principal
Secreto mal
Numa noite de néon
De papel crepom
O mar vai e volta vai e volta
Com o gosto
Do licor que ficou da tua boca
Do suor que ficou na minha boca
Vai deixando minha parba voz de louca...
Louca louca louca louca louca louca
[Ney & Raimundo - Postal de Amor]
Salvador Dali - banhado/banhando em sangue..

O Ato de Traduzir-se


Às vezes procuro desvairadamente tua mão desconhecida,
aqui a encontro..imaginária..As letras são tuas mãos que me conduzem a alguma
ordenação..organização de mim mesma.. desorganizada.. me reorganizo para
enfim fazer algum sentido para ti. As letras me distanciam e me aproximam
inevitavelmente de mim mesma.

" Dá-me a tua mão desconhecida, que a vida está me doendo, e não sei como falar -
a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha
imaginação são mais pesadas. " [A Paixão Segundo G.H.]

terça-feira, julho 18, 2006

Então chegas..
Apenas chegas..porque tú te resumes em chegar e partir,
Em cada partida não terminas porque continuas..
Fluidez tua..tão tua

Eu Nada
Eu Nunca
Eu Morta
Eu Torta
A Teus Pés
Tua Porta

Eu Passo
E Peço O
Temporário
Incendiário
Imaginário Eu Nada Eu Nunca


sábado, julho 15, 2006




E Viva o Saudosimo!! Vivo na mente dos indecisos.. dos que reagem tardiamente.. dos Egoístas!
Saudosismo dos fracos e egocêntricos..
Não vê que seu saudosismo me consome..agoniza? Agonia..Angústia...angustia..
Agradeço imensamente pelo meu coração que bate
reprimido.. espremido..oprimido pelo seu querer ofensivo..
O seu saudosimo é cinza como o que seria e não pôde ser,
como o brilho enegrecido dos meu olhos,
o meu niilismo..
Dor é o que me provoca..

quinta-feira, julho 13, 2006

O Quadro-Negro de Lenine

No sub-imundo mundo sub-humano
Aos montes, sob as pontes, sob o sol
Sem ar, sem horizonte, no infortúnio
Sem luz no fim do túnel, sem farol
Sem-terra se transformam em sem-teto
Pivetes logo se tornam pixotes
Meninas, mini-xotas, mini-putas, de pequeninas tetas nos decotes

Quem vai pagar a conta?
Quem vai lavar a cruz? O último a sair do breu,

acende a luz

No topo da pirâmide, tirânica
Estúpida, tapada minoria
Cultiva viva como a uma flor
A vespa vesga da mesquinharia
Na civilização eis a barbárie
É a penúria que se pronuncia
Com sua boca oca, sua cárie
Ou sua raiva e sua revelia
Quem vai pagar a conta? Quem vai lavar a cruz?

O último a sair do breu, acende a luz

O que prometeu não cumpriu..
O fogo apagou, a luz extinguiu...........