sábado, janeiro 19, 2008

Y AHORA QUE?


Me llaman calle, pisando baldosa

la revoltosa y tan perdida

me llaman calle, hoy tan cansada,

hoy tan vacía

Agora estou morta, daqui a uns dias eu volto a viver.

Mas eu me lembrei, o intante-já eu consigo com os vaga-lumes.

São praticamente a outra coisa - além daquela - como fagulhas no meu espírito.

Os vaga-lumes me impressionam.

Eu não me importo se eu respondo pelos

crimes que cometi há anos e não me arrependi.

Qu'est ce que tu veux de moi?

Tu no tienes la culpa,

lágrimas de oro.

Me gustas cuando callas porque estás como ausente.

Distante y dolorosa como si hubieras muerto.

Una palabra entonces, una sonrisa bastan.

Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.

Cada dia es un dia

Y un volver a nacer.

[De cima para baixo, em espanhol: M. Chao - ME LLAMAN CALLE, A COSA, LÁGRIMAS DE ORO e NERUDA- 20 POEMAS DE AMOR, M. Chao - Ahora que?]

sábado, janeiro 12, 2008


Rogelio Polesello. Buenos Aires, 1939. Museu Bellas Artes.

AMORES LÍQUIDOS

Depois daquelas noites insones, decidiu procurá-lo,
dessa vez com mais afinco.
Afim de se livrar do mal que a consumia.
Olhou mais uma vez pela janela do quarto,
via o rio refletindo o brilho do sol que
era intenso naquele domingo.

Depois de mais um abraço corriqueiro
e de um beijo suave - bem longe daqueles de
despedida - desceu as escadas, tomou o elevador.
Sabia que jamais retornaria àquele cenário.
Teve a certeza de que não mais sofria daquele mal.
Teria devolvido a ele, que agora sim seria consumido.



* O título foi tomado emprestado de Baumann, sociólogo polonês.

sábado, janeiro 05, 2008

Nothing's gonna change my world


Foto: Ana - Puerto Madero, BsAs, novembro 2007.

Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise.

Blackbird singing in the dead of the night
Take these sunken eyes and learn to see
All your life
You were only waiting for this moment to be free.

Eu voltei a assistir os vídeos do Woodstock, Blackbird tocada por Crosby, Still & Nash é uma
das minhas preferidas, embora eu adore ver o sábado com Jefferson Airplane e The Who, e goste muito também da sexta - Baez cantando Sweet Sir Galahad, e a outra banda cujo cantor
é andrógino e da qual não me lembro o nome que canta Jeniffer e aquele outro maluco que toca Freedom.
Eu estou nadando bastante por aqui pra suportar o calor de 40º que nos aquece quase
todos os dias.
No momento estou ouvindo "a música mais bonita do mundo" que um "Sir Galahad" - tão conhecido meu - compôs. Tudo aqui é muito familiar, e às vezes eu sinto falta de que
algo me surpreenda.
Se bem que uma visita adorável me surpreendeu esta semana e acabou reunindo pessoas importantes com as quais há sete anos eu não conversava. Foi aí que o conforto de uma
noite de vinho solitária se transformou no encontro de um futuro sociólogo e um filósofo
com uma futura historiadora - ah, depois encontramos também um músico.
Foi muito divertido, ainda há muito que se falar, as experiências são muito parecidas e os resultados diversos.
Aqui eu sinto um pouco a exposição em demasia, rostos muitos conhecidos mas muito desconhecidos. Impossibilidade de aproximação.
Eu já cortei meus cabelos, já pintei as unhas de vermelho.
Eu continuo tendo olheiras e o olhar forasteiro.
Algumas coisas não mudam.
Que bom.