sábado, janeiro 12, 2008


Rogelio Polesello. Buenos Aires, 1939. Museu Bellas Artes.

AMORES LÍQUIDOS

Depois daquelas noites insones, decidiu procurá-lo,
dessa vez com mais afinco.
Afim de se livrar do mal que a consumia.
Olhou mais uma vez pela janela do quarto,
via o rio refletindo o brilho do sol que
era intenso naquele domingo.

Depois de mais um abraço corriqueiro
e de um beijo suave - bem longe daqueles de
despedida - desceu as escadas, tomou o elevador.
Sabia que jamais retornaria àquele cenário.
Teve a certeza de que não mais sofria daquele mal.
Teria devolvido a ele, que agora sim seria consumido.



* O título foi tomado emprestado de Baumann, sociólogo polonês.

4 comentários:

Lucas Lutero disse...

o texto é seu ou do sociólogo polonês?


*desculpe aquele dia no msn, caiu a conexão e não consegui conectar tão cedo.

Rubis disse...

Fantástico o texto

Ana disse...

Na real o texto é meu, só o título é inspirado no do sociólogo polonês que tem um livro que se chama Amor Líquido, Vida Líquida, Modernidade Líquida, etc.
Eu recomendo esse cara. (rs)

Anônimo disse...

Somos os grandes consumidores do tempo ou deixamos por sua vez o mesmo nos consumir...