sexta-feira, dezembro 07, 2007

Eu freqüentava o mesmo bar.
Havia a mulher de lábios vermelhos apresentando seu número de praxe.
A maioria dos espectadores envolvidos .
A mesma canção que eu não podia sequer compreender uma palavra.
É que ela cantava com voz de pássaro engaiolado.
Eu tinha o copo próximo das mãos, estava debruçada na janela mais próxima do balcão.
Eu olhava a rua, era noite e eu visualizava uma paisagem bucólica e podia me deliciar com a presença do beija-flor que às vezes me visitava. É que eu deixava um bebedouro próximo à janela, com flores artificias e água adocicada.

5 comentários:

Lucas Lutero disse...

Os bares normalmente são mais bucólicos que a rua onde se localizam. Belo texto são de sua autoria? é um texto pequeno que já dá uma grande vazão à imaginação.
Desculpe a invasão.

marcos disse...

eu olhava a noite, era rua e eu visualizava uma flor adocicada que às vezes voava.
É que eu deixava uma janela próxima ao céu, por onde fugia, solto dos lábios, um canto vermelho.

Lucas Lutero disse...

o poema eu conhecia, mas a música não! Vou te linkar ok? visitarei sempre aqui, isso se você atualizar né? =)
bjus

Anônimo disse...

Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.
Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia.
Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.
A inércia é o meu ato principal.
Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
Por pudor sou impura.
Não preciso do fim para chegar.
De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra
—Como um lápis numa península.
Do lugar onde estou já fui embora.

Ana,

Não a conheço, mas a beleza de tua alma transborda em tuas palavras.
Delicie-nos sempre com teus escritos.

Besos,

Nanda

marcos disse...

hey usted!