Era uma daquelas pessoas que não se pode entender ou desvendar o que pensa.
Vez por outra, quando era atingida, costumava silenciar as evidências.
Quase nunca se deixava cair pelo impacto do tiro certeiro, dessa forma, continuava
caminhando. Tomava o cuidado apenas de mudar de roupa, livrando-se assim das
marcas inerentes ao tiro.
Repetia esta ação incansavelmente quando sujeita à condição de vítima.
Com o tempo, as fissuras ignoradas levaram ao estado de apodrecimento.
" Eu vivi uma vida terrível, a maior parte da qual jamais aconteceu." (Mark Twain)
Sobre o poeta escaleno que gosta do Nada:
"É nos desvios que estão as surpresas" (inspirado em um poema de Manuel de Barros)
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Um comentário:
se eu fosse ela, tirava a roupa e me punha no sol a tarde inteira.
Para atingir o estado de desapodrecimento.
[Talvez tirar a venda dos olhos do atirador tornasse possível que ele refletisse antes de atirar (sem contar que às vezes é mais fácil acertar o invisível sem querer que o que está às claras)... :]
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