Noite Severina [Lula Queiroga / Pedro Luís]
Corre calma Severina noite
De leve no lençol que te tateia a pele fina
Pedras sonhando pó na mina
Pedras sonhando com britadeiras
Cada ser tem sonhos a sua maneira
Cada ser tem sonhos a sua maneira
Corre alta Severina noite
No ronco da cidade uma janela assim acesa
Eu respiro seu desejo
Chama no pavio da lamparina
Sombra no lençol que tateia a pele fina
Sombra no lençol que tateia a pele fina
Ali tão sempre perto e não me vendo
Ali sinto tua alma flutuar do corpo
Teus olhos se movendo sem se abrir
Ali tão certo e justo e só te sendo
Absinto-me de ti, mas sempre vivo
Meus olhos te movendo sem te abrir
Corre solta suassuna noite
Tocaia de animal que acompanha sua presa
Escravo da sua beleza
Daqui a pouco o dia vai querer raiar
segunda-feira, setembro 25, 2006
quinta-feira, setembro 21, 2006
terça-feira, setembro 19, 2006
Nas Selvas Das Cidades
" A Vida se vinga sendo o outro do que é.."
[Bertold Brecht]
Quando as luzes se apagam, eu tento em vão fechar meus olhos,
ouvidos, me protegendo dos golpes desfechados de palavras afiadas.
Cortante..
É em vão.. Permaneço sem poder ou querer estar presente,
imóvel, calada... espectadora - no escuro.
Quando as luzes se apagam a poesia é dura, num diálogo curto
mas de duração longa... ecoando vazio..
ELA - Posso apagar a luz do corredor? (caminha em direção ao corredor)
A OUTRA - Por que você não acende uma vela? Pra você? (pausa)
Defunto precisa de vela... você já morreu... Tá morta!
ELA - (silêncio profundo - suspiro baixinho.. choro entranhado)
Eu sem querer nem poder estar presente
medo de sê-la ou a outra
[Bertold Brecht]
Quando as luzes se apagam, eu tento em vão fechar meus olhos,
ouvidos, me protegendo dos golpes desfechados de palavras afiadas.
Cortante..
É em vão.. Permaneço sem poder ou querer estar presente,
imóvel, calada... espectadora - no escuro.
Quando as luzes se apagam a poesia é dura, num diálogo curto
mas de duração longa... ecoando vazio..
ELA - Posso apagar a luz do corredor? (caminha em direção ao corredor)
A OUTRA - Por que você não acende uma vela? Pra você? (pausa)
Defunto precisa de vela... você já morreu... Tá morta!
ELA - (silêncio profundo - suspiro baixinho.. choro entranhado)
Eu sem querer nem poder estar presente
medo de sê-la ou a outra
sexta-feira, setembro 15, 2006
Pessoas Extraordinárias
quinta-feira, setembro 14, 2006
Silêncios e Sussurros
Interrupção
O Inexistente
Repetição - - - Repetição - - - Repete
É só a Primavera chegando
e me dando coisas..
Como dizia Clarice,
" Sinto que viver é inevitável. Posso na Primavera ficar horas sentada fumando,
apenas sendo. Ser às vezes sangra. Mas não há como não sangrar, se é no sangue que sinto
a Primavera. Dói. A Primavera me dá coisas.
Dá do que viver. E sinto que na Primavera um dia irei morrer.
De amor pungente e coração enfraquecido."
O Inexistente
Repetição - - - Repetição - - - Repete
É só a Primavera chegando
e me dando coisas..
Como dizia Clarice,
" Sinto que viver é inevitável. Posso na Primavera ficar horas sentada fumando,
apenas sendo. Ser às vezes sangra. Mas não há como não sangrar, se é no sangue que sinto
a Primavera. Dói. A Primavera me dá coisas.
Dá do que viver. E sinto que na Primavera um dia irei morrer.
De amor pungente e coração enfraquecido."
terça-feira, setembro 12, 2006
Atendendo ao Chamado da Lua
Depois de risadas disparadas, abraços compartilhados, bons fluidos, experiências divididas, esperanças desconhecidas:
Hoje eu Quero Sair Só
[Lenine]
Se você quer me seguir,
Não é seguro.
Você não quer me trancar
Num quarto escuro.
Às vezes parece até que a gente deu um nó,
Hoje eu quero sair só...
Você não vai me acertar
À queima-roupa,
Vem cá,
me deixa fugir,
Me beija a boca.
Às vezes parece até que a gente deu um nó,
Hoje eu quero sair só......
Não demora eu tô de volta...
Tchau!
Vai ver se eu estou lá na esquina,
Devo estar
Tchau!
Já deu minha hora
E eu não posso ficar.
Tchau!
A lua me chama, eu tenho que ir pra rua
tchau
hoje eu quero sair só..
Hoje eu Quero Sair Só
[Lenine]
Se você quer me seguir,
Não é seguro.
Você não quer me trancar
Num quarto escuro.
Às vezes parece até que a gente deu um nó,
Hoje eu quero sair só...
Você não vai me acertar
À queima-roupa,
Vem cá,
me deixa fugir,
Me beija a boca.
Às vezes parece até que a gente deu um nó,
Hoje eu quero sair só......
Não demora eu tô de volta...
Tchau!
Vai ver se eu estou lá na esquina,
Devo estar
Tchau!
Já deu minha hora
E eu não posso ficar.
Tchau!
A lua me chama, eu tenho que ir pra rua
tchau
hoje eu quero sair só..
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